Cadeirante realiza sonho ao fazer rapel em BH com o Corpo de Bombeiros

Cadeirante realiza sonho ao fazer rapel em BH com o Corpo de Bombeiros

Publicado em: 30 de abril de 2015 às 16:42.
Andréa Mascarenhas perdeu os movimentos das pernas aos 7 anos depois de um acidente com o carro da família; jovem prepara livro contando sua história.
Andréa Mascarenhas.
Andréa Mascarenhas com a equipe de Bombeiros.
FOTO: CORPO DE BOMBEIROS / DIVULGAÇÃO.
CAROLINA CAETANO.
O dia era especial, de muita festa. Afinal, Andréa Moreira Cançado Mascarenhas Fontes completava 28 anos. Porém, a jovem não esperava que o aniversário no último sábado (25) teria um gostinho diferente. Cadeirante há 20 anos, a jovem realizou o sonho de praticar rapel. O presente veio de militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e o esporte foi realizado em Belo Horizonte.
“Eu tinha o sonho de escalar uma montanha. Minha amiga, a Laísa, sabia e fez contato com o amigo dela, que é da ONG “Ajudar Não Dói”. Ele logo entrou em contato com o batalhão, contou minha história para o tenente, que gostou e autorizou o rapel”, contou radiante a jovem.
Tudo foi organizado sem o conhecimento da Andréa, e com a ajuda da mãe dela, Lilita Mascarenhas.“Ela não sabia de nada. Falei que sairíamos no sábado e nos arrumamos. Sem que minha filha esperasse, um carro do Corpo de Bombeiros chegou com a sirene ligada e estacionou na nossa porta. Nesse momento, minha filha ficou sabendo que iria ao batalhão”, contou Lilita.
Já na Prontidão de Incêndio do 1º Batalhão, onde aconteceu a surpresa, a cadeirante foi recebida pelo comandante da Academia de Bombeiros Militar (ABM), tenente-coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho. Enquanto a estrutura era montada, ela conheceu as instalações do local. Em seguida, a jovem se preparou para a aventura.
“Achei um máximo. Muita adrenalina e não tive medo. Sempre fui apaixonada pela profissão deles. Os bombeiros salvam vidas, e isso é muito bonito”, disse.
Andréa Mascarenhas.
Andréa Mascarenhas descendo de rapel auxiliada por um bombeiro.
FOTO: CORPO DE BOMBEIROS / DIVULGAÇÃO.
Além do rapel, que aconteceu na torre de instrução, Andréa subiu na viatura de Autobomba Plataforma Escada (ABPE). “Depois disso tudo, ainda ganhei uma camisa personalizada com o meu nome. Os bombeiros disseram que, agora, eu também faço parte da corporação”, explicou toda orgulhosa.
A alegria da filha é compartilhada pela mãe. Lilita emocionou-se ao contar à reportagem de O TEMPO o carinho e cuidado que os militares tiveram com a jovem. “Foi impressionante ver como eles trataram a minha filha. Ali não existia nada de superioridade de patentes. Eram todos iguais em prol do sonho da Andréa. Ao final, eles disseram que, a cada vida que fossem salvar, levariam o exemplo da dela. Sou grata por tudo que os militares fizeram. Foi um dia inesquecível”, explicou.
A ação contou com a participação de militares da ABM, do 1º Batalhão, do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad) e do 3º Batalhão.
“Sou a cadeirante mais feliz do mundo”.
A alegria de Andréa contagia quem convive com a jovem. Cheia de planos, ela finaliza o livro “Mãe Sem Igual”, onde conta a sua história.
“Sou a cadeirante mais feliz do mundo.Em 2013, realizei o sonho de conhecer o papa Francisco no Rio de Janeiro e receber uma benção dele. Agora, fiz o rapel. O próximo passo é concluir o meu livro, que, além de contar a minha história, e uma homenagem à minha mãe, que esteve comigo em todos os momentos”, disse a cadeirante.
Andréa Mascarenhas.
Andréa Mascarenhas em frente à placa do Corpo de Bombeiros.
FOTO: CORPO DE BOMBEIROS / DIVULGAÇÃO.
Por sua vez, Lilita afirma que a filha é a responsável pela força que ela tem. “Sem saber, a Andréa me ensina uma coisa diferente a cada dia. É um presente de Deus”, finalizou.
Acidente.
Em 1994, com apenas 7 anos, Andréa perdeu os movimentos das pernas após um acidente de carro. A jovem voltava de um evento familiar com os pais e um primo de segundo grau. Na estrada de Cordisburgo, na região Central do Estado, ao fazer uma ultrapassagem, o pai da cadeirante capotou o carro e caiu em uma ribanceira.
Com o impacto do acidente, Andréa foi arremessada para fora do veículo. Ela ficou três meses e meio no coma. Acordou chamando pelo pai e pela mãe e, durante todos esses anos, vem se recuperando com o trabalho de fisioterapia.
Fonte: O TEMPOSite externo.

http://www.bhlegal.net/blog/cadeirante-realiza-sonho-ao-fazer-rapel-em-bh-com-o-corpo-de-bombeiros/



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